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Vivo fecha data center de Barueri


A Vivo decidiu fechar o seu data center em Barueri, o primeiro aberto no Brasil, transferindo os equipamentos para outros dois endereços no estado de São Paulo. A informação veio da Minsait, que divulgou sua atuação como responsável pelo transporte dos equipamentos, um processo bem complicado conhecido no mercado como “data center moving”. O comunicado da Minsait não revela qual foi o destino final dos equipamentos. Questionada pela reportagem, a Minsait disse que a Vivo não autoriza a divulgação dessa informação por questões de segurança (e o peixe da Minsait é, afinal, falar da mudança, não do destino da mudança). O projeto, iniciado em abril de 2022, certamente não foi simples: ao todo, foram 16 ondas de migração, ao longo de cinco meses, movimentando 250 equipamentos e 1,4 mil conexões, além da migração de uma dezena de plataformas e sistemas legados. A última onda aconteceu em novembro de 2022. A Minsait contou com o apoio do parceiro Vertis Solutions, empresa especializada em suporte de plataformas e serviços de rede. “Este projeto foi desafiador do primeiro ao último dia. O pleno sucesso foi atingido porque foram utilizadas as melhores práticas de gestão de projetos, altíssimos conhecimentos operacionais de infraestrutura e aplicações”, comenta Fabio Stellato, Diretor de Serviços ao Cliente da Vivo. O data center de Barueri foi o primeiro inaugurado pela Vivo no Brasil, em 2012, com um investimento de R$ 400 milhões. Ele abrigava as plataformas de OSS da operadora, como é chamado no jargão da área de telecomunicações o conjunto de ferramentas e sistemas que são usados para gerenciar as operações da rede e fornecer serviços aos clientes. A nota da Minsait não entra em detalhes, mas atribuições típicas de uma plataforma de OSS incluem gerenciar equipamentos, monitorar problemas, ativar e desativar linhas e processar o faturamento (talvez a Vivo tenha razão em não falar onde ele vai ficar). “Um processo mal conduzido de moving poderia ocasionar impactos no monitoramento da qualidade do serviço, chegando até mesmo a gerar intermitências percebidas pelo cliente final”, revela Marcos Alves, Senior Account Manager da Minsait, responsável pelo relacionamento comercial com o grupo Telefônica. A Minsait, empresa de consultoria de TI do grupo espanhol Indra, é uma fornecedora de longa data da Vivo, atuando na empresa há mais de 20 anos. A Indra está no Brasil desde 1996 e emprega 9 mil profissionais no país. E PARA ONDE FOI O DATA CENTER AFINAL? A essa altura, nos estertores desta matéria, só resta à reportagem especular para onde foi afinal o data center da Vivo de Barueri. É uma tarefa para lá de complicada, porque a única referência de localização divulgada pela Minsait (o estado de São Paulo), tem de longe a maior concentração de grandes players de data center do país. Seria possível que a Vivo tenha migrado o seu data center para alguma das grandes nuvens atuantes no país, todas atuantes em São Paulo, ou ainda para algum grande fornecedor de colocation, todos também representados no estado. Vale a pena lembrar que em fevereiro a Vivo e a Oracle divulgaram que a operadora estava na "fase final" de uma migração para a nuvem da Oracle, com previsão de conclusão até maio. Quando o processo estiver concluído, a operadora vai desativar o data center próprio que mantinha em Campinas, no interior de São Paulo. O projeto começou ainda em 2021, quando a Vivo fechou um contrato para migrar 100% dos ambientes das esteiras de desenvolvimento, homologação e pré-produção hospedados no data center da empresa. O ambiente, denominado de não-produtivo, é usado pelo time de desenvolvedores da Vivo para criação e testes de novos produtos e serviços, antes de serem disponibilizados oficialmente para suas áreas de negócio e mercado. O data center de Baueri aparentemente é onde ficava a “produção” da Vivo, e por tanto, parece improvável que ele também tenha ido para a nuvem da Oracle.


Publicado em: baguete.com.br


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