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Wipro tem gerente geral no Brasil

Gigante indiana contratou Douglas Silva, ex-AWS e experiente no setor financeiro.


Douglas Silva, ex-líder de Enterprise Business da AWS no Brasil, acaba de assumir como gerente geral da Wipro no país.


A informação é de fontes de mercado e foi confirmada pela reportagem do Baguete.

Silva estava há três anos na AWS, onde foi também responsável pela divisão de serviços financeiros.


O background do executivo, aliás, é forte nessa área com um cargo de VP para serviços financeiros na SAP e um de diretor para bancos e seguros na Capgemini.

Silva também trabalhou focado nesse setor em cargos de menor expressão na HPE e Disoft Solutions, além de ter passado pela Visanet e pela TCS, outra grande empresa indiana.


Até o Baguete pode averiguar, o cargo está sendo criado agora pela Wipro. Os comunicados recentes da empresa no Brasil traziam comentários de Mukund Seetharaman, vice-presidente e diretor regional da Wipro na América Latina, um indicativo de que ele era a autoridade máxima no país.


O perfil de Silva indica com clareza que a Wipro quer aumentar sua penetração entre as grandes organizações do setor financeiro no país.


No ano passado, a Wipro comprou a Ivia, uma companhia de desenvolvimento de software com 750 funcionários e forte presença no Nordeste no país.

A Ivia apareceu diversas vezes na lista da Exame das 250 pequenas e médias empresas que mais crescem no país.


Na última edição, no ano passado, a Ivia informava um faturamento de R$ 66,5 milhões em 2018, com um crescimento médio de 26% desde 2016.


A companhia foi fundada em 1996 e tem escritórios em Fortaleza, Recife e Natal, com clientes nas áreas de serviços financeiros, varejo e manufatura no Brasil.

Em nota, a Wipro afirma que a compra ajudará a expandir a presença geográfica no Brasil e instalar centros de entrega no Nordeste do Brasil, utilizando a estrutura atual da Ivia.


Essa é a segunda compra da Wipro no Brasil. Em 2017, os indianos levaram a Infoserver, uma companhia paulista especializada em desenvolvimento de sistemas com atuação forte na área financeira, por R$ 27,6 milhões.


A Infoserver tinha um perfil similar ao da Ivia em tamanho, com um faturamento na caixa dos R$ 50 milhões.


A gigante indiana começou a ter uma presença maior no mercado brasileiro a partir de 2010, com a abertura de um centro global de operações em Curitiba, para o qual contratou 350 colaboradores e investiu US$ 2 milhões.

Na época, a companhia divulgou uma meta de ampliar a participação da América Latina em sua receita global em dez vezes, saltando de 0,5% para 5% (algo como US$ 350 milhões).


A empresa está presente na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México.

Não é possível saber se a Wipro chegou a cumprir essa meta, uma vez que os resultados da região não aparecem nos balanços da Wipro.


A América Latina está incluída nos chamados "Mercados Emergentes" que são somados à região da Ásia Pacífico no relatório.


Ao todo, essa área toda responde por cerca de 10% do faturamento, então fica difícil acreditar que a América Latina responda pela metade disso.


Indianas como a Wipro, TCS e Mahindra chegaram ao brasil na primeira década dos anos 2000, sendo seguidos por uma leva de empresas menores do país na década seguinte.


Os indianos nunca conseguiram repetir por aqui o sucesso do modelo de negócios nos Estados Unidos, baseado em terceirização de desenvolvimento a baixo custo por profissionais na Índia.


Nos últimos tempos, parece que os indianos decidiram adquirir players locais para abrir portas no Brasil, um caminho que já foi seguido no passado por grandes empresas de outros países como Sonda e Capgemini.


Em agosto de 2013, por exemplo, a Tech Mahindra comprou 51% do capital da empresa brasileira de consultoria SAP, Complex IT, com investimento inicial de US$ 6,5 milhões em dinheiro, cujo pagamento total poderá passar de US$ 20 milhões.


Publicado em: www.baguete.com.br

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