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Vamos faz a sexta aquisição e já tem 63 concessionárias de caminhões


A Vamos fechou a compra da Tietê Veículos, por R$ 331,4 milhões, para encorpar sua rede de concessionárias de caminhões e ônibus, a divisão que mais gera receita para a companhia, ainda que tenha margens mais apertadas. É a sexta aquisição desde o IPO, realizado há dois anos. No ano passado, o negócio de venda de veículos representou 55% de toda a receita bruta da Vamos, enquanto a locação correspondeu a 39%. Por outro lado, a margem sobre o Ebitda das concessionárias foi de 13,2% e a de locação, de 88,2%. Por volta das 10h55, a ação da Vamos caía 1,23%, a R$ 12,05. O CEO da Vamos, Gustavo Couto, ressalta que a operação de concessionárias tem a vantagem de ter baixo capital de giro e não sofrer com depreciação, chegando a contribuir com um quinto do lucro operacional da companhia. Em 2022, o Ebitda das concessionárias da Vamos somou R$ 365,8 milhões, 19% do total da companhia, um pouco acima dos 18% anotados no ano anterior. “É um negócio que tem crescido em representatividade”, diz o executivo. Além disso, a ampliação da rede de concessionárias reforça a estratégia da Vamos de ter múltiplos canais de relacionamento com quem trabalha com caminhões, sem se limitar à locação, mas também atuando na venda e com serviços de customização, conforme o executivo. “É muito comum a gente receber um cliente que quer comprar dois caminhões e, quando descobre que também pode alugar, acaba alugando mais três ou quatro”, conta. Se já fizesse parte da Vamos no ano passado, a Tietê Veículos teria contribuído com uma receita adicional de R$ 542 milhões, o que faria a companhia ter um faturamento total de R$ 6 bilhões. Com três unidades no estado de São Paulo (na capital, em Guarulhos e Campinas), a Tietê teve Ebitda de R$ 64 milhões e lucro líquido de R$ 37 milhões em 2022. A Vamos passa a somar agora 63 concessionárias de caminhões, espalhadas por 12 estados, e aumenta sua presença em um mercado que se recupera a passos lentos. Após o boom de vendas de caminhões gerado em 2011 e 2012 por incentivos do governo, o mercado caiu bruscamente com a crise de 2015 e 2016 e, desde então, tem se levantado aos poucos. No primeiro trimestre deste ano, as vendas tiveram alta de 2,62% ante igual período do ano anterior, para 26,7 mil unidades. Couto, no entanto, defende que o mais importante, no momento, é a diversificação da área de cobertura. A última aquisição da Vamos, por exemplo, investiu no agronegócio ao comprar a HM Empilhadeiras por R$ 150 milhões. Os movimentos não significam que a Vamos está parada no negócio de locação. No ano passado, os investimentos em frota para atender contratos fechados chegou a R$ 5,3 bilhões, 15% a mais que o teto do guidance. Em outubro do ano passado, a Vamos engordou o caixa com mais R$ 2 bilhões para comprar mais caminhões, dos quais R$ 641 milhões a partir de um follow-on realizado em setembro e R$ 1,3 bilhão com a venda de recebíveis. A compra da Tietê será feita com o pagamento de R$ 174,9 milhões à vista e mais duas parcelas anuais, a serem pagas nos aniversários da transação, uma de R$ 87,4 milhões e outra de R$ 69,4 milhões, cujos valores serão corrigidos pelo CDI. Couto afirma que a transação não altera a posição de dívida e alavancagem da empresa e diz que o balanço está preparado para o ciclo de expansão. A Vamos encerrou o ano passado com uma dívida líquida de R$5,9 bilhões e alavancagem de 3,07 vezes, contra 2,2 vezes um ano antes. O CEO não descarta outras aquisições no futuro e diz que a Simpar (grupo da qual a Vamos faz parte) está sempre de olho em oportunidades, mas ressalta que a Vamos está focada agora em crescer de forma orgânica. A JSL, também do grupo Simpar, tem ido na mesma toada e, no início do mês, fechou a aquisição da IC Transportes por R$ 338 milhões, aumentando sua posição em transporte e logística de alta complexidade, como no segmento de gases, combustíveis e químicos, no maior M&A da companhia desde sua listagem. Fonte: Pipeline Valor

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