As ações da empresa britânica de segurança DarkTrace caíram 30% no dia de hoje na bolsa de valores de Londres depois de a firma de investimentos Thoma Bravo anunciar que desistiu de adquirir a companhia. A notícia ofuscou a divulgação dos resultados anuais da Darktrace para os 12 meses encerrados em junho, que mostraram sólido crescimento e lucratividade em seus principais negócios. A empresa informou que a receita aumentou 46% no ano, graças a um aumento de 32% no número de clientes, com uma margem de lucro bruta que caiu apenas marginalmente para 89,2%, de 90% no ano fiscal de 2021. Lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e a amortização quase triplicou para US$ 91 milhões, enquanto a linha de fundo passou para um lucro de US$ 1,5 milhão de uma perda de US$ 146 milhões um ano antes. Os números tiveram de ser ajustados devido a um erro contábil que inicialmente registrou algumas receitas do ano fiscal de 2021 no ano fiscal de 2022. Como tal, a receita do ano fiscal de 2022 ficou um pouco menor do que a inicialmente estimada. A Darktrace tem sido perseguida por preocupações de governança desde sua fundação devido a seus vínculos com Mike Lynch, que está apelando contra a extradição para os EUA para enfrentar acusações de fraude decorrentes da venda de seu negócio de software anterior Autonomy para a HP em 2012. Analistas disseram que as ações da Darktrace provavelmente sofrerão com as dúvidas sobre as causas para a Thoma Bravo desistir de um acordo após conduzir sua due diligence. A Darktrace, fundada em 2013, tem sede em Cambridge, no Reino Unido. O software da empresa foi projetado para prevenir, detectar e responder a eventos de segurança cibernética, como ransomware, aplicativos SaaS e ataques à infraestrutura em nuvem. Os recursos de recuperação também estão entre as funcionalidades do software da empresa. A Darktrace normalmente tem como foco empresas com ao menos 250 ou mais funcionários.
Publicado em: cisoadvisor.com.br