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Rede D’Or vende sua fatia na GSH por R$ 650 milhões

  • Foto do escritor: Akurat
    Akurat
  • 17 de abr.
  • 2 min de leitura
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A Rede D’Or acaba de anunciar que vendeu sua participação na GSH, uma empresa de banco de sangue e medicina nuclear na qual a companhia investia desde 2015.


A CVC Capital Partners – o fundo global de private equity que no Brasil tem participação na empresa de lubrificantes Moove e na distribuidora de alimentos Delly’s – está comprando 100% da GSH por um enterprise value de R$ 1,59 bilhão.


Como a Rede D’Or tinha 41% do negócio, ela vai receber cerca de R$ 650 milhões de EV, o equivalente a pouco menos de 1% do market cap atual da companhia, que vale R$ 67 bilhões na Bolsa. 


Apesar do valor ser pequeno para o tamanho da Rede D’Or — e não mexer muito no ponteiro da companhia — a venda marca o encerramento de um investimento que gerou muito valor para a rede hospitalar da família Moll. 


Quando entrou na GSH, a Rede D’Or recebeu equity em troca de abrir as portas de seus hospitais para a investida, e não fez praticamente nenhum aporte financeiro no negócio, uma fonte próxima à companhia disse ao Brazil Journal.


De lá para cá, a GSH teve um crescimento relevante, entrando em outros grupos hospitalares como o Grupo Santa. Hoje ela está em mais de 270 hospitais em todo o País, atendendo 31 mil leitos. 


“A GSH não era um ativo core para a Rede D’Or e foi uma proposta interessante,” disse essa fonte. “Além disso, os sócios financeiros da empresa estavam chegando a oito anos de investimento e precisavam desinvestir.”


A Rede D’Or dividia o controle da GSH com a Opus Investimentos, o family office de dois ex-sócios do Pactual, Eduardo Plass e José Mário Osório. 


Fundada em 1979 em Ribeirão Preto, a GSH começou operando bancos de sangue — fazendo a coleta, armazenamento e transfusão de sangue para cirurgias e transplantes de medula óssea, por exemplo.


Em 2002, entrou também no mercado de medicina nuclear, fornecendo os radiofármacos e ‘cold kits’ necessários para a realização dos exames diagnósticos de medicina nuclear — como o pet scan, para o rastreamento do câncer, e a cintilografia, usada para avaliar o funcionamento de diversos órgãos.


A Rede D’Or disse que a GSH vai continuar operando em todos os seus hospitais mesmo após a venda.


A operação não deve ter grandes impactos nos resultados e na alavancagem da Rede D’Or, que fez um EBITDA de R$ 8,5 bilhões no ano passado e fechou o ano com uma alavancagem baixa, de 1,9x EBITDA.


Para a CVC, o investimento na GSH é o seu primeiro aporte na América Latina numa empresa de healthcare. A gestora, no entanto, já tem 25 investimentos de saúde no mundo, incluindo empresas de hemoterapia e medicina nuclear.


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