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Gove recebe aporte de R$ 8 milhões


A Gove, startup de inteligência voltada para finanças municipais, acaba de receber um aporte de R$ 8 milhões realizado pela Astella Investimentos. Segundo a empresa, essa é a maior rodada seed já levantada por uma govtech no Brasil. A Gove foi fundada em 2015 por Ricardo Ramos e Rodolfo Fiori, que estudaram engenharia juntos na Universidade Federal de São Carlos entre 2003 e 2008. Desde então, Ramos passou pelas empresas Motorola, Unilever e Partners in Performance, enquanto Fiori atuou na Johnson & Johnson, Votorantim e também é cofundador do evento Brazil Forum UK. A Gove atua na automação de análises estratégicas para gestão financeira municipal, além de identificar e apoiar na correção de ineficiências nas receitas e despesas. Sua ideia é que os gestores públicos tomem 100% de suas decisões utilizando dados, evidências e tecnologia. De acordo com dados da startup, as secretarias municipais relatam uma melhora nas rotinas de gestão das finanças já no primeiro mês de uso do software, conseguindo identificar e implementar melhorias nas receitas e despesas das cidades. Ao todo, a govtech já contribuiu em mais de R$ 100 milhões para o aumento da eficiência financeira de seus clientes. Com a pandemia, a Gove conseguiu ajudar os municípios corrigindo ineficiências, como os preços na aquisição de medicamentos por valores acima do melhor disponível no mercado, além da identificação e utilização de recursos financeiros municipais esquecidos em contas correntes. A startup tem atuação nacional e já implementa a solução em todas as regiões do país, tendo como clientes desde municípios pequenos, como Cotiporã, no Rio Grande do Sul, até municípios de maior porte, como Blumenau, em Santa Catarina, e Araguaína, no Tocantins. Desde sua fundação, a organização foi selecionada e apoiada pelo programa de aceleração Estação Hack, primeiro centro de inovação do Facebook em parceria com a Artemísia. Em 2018, a startup foi escolhida pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), uma das universidades mais respeitadas do mundo, como uma das 35 iniciativas mais inovadoras da América Latina. No início de 2020, a Public Tech, instituição espanhola ligada à IE Business School, selecionou a empresa como uma das cinco organizações brasileiras no mapa das 100 melhores govtechs da Ibero-América. Neste ano, a empresa também foi uma das 10 selecionadas pelo programa de aceleração Google for Startups, sendo a primeira govtech acelerada pelo projeto. Com a rodada de investimento, a Gove mira expandir sua atuação e deve usar o valor para aumentar a equipe de vendas em regiões estratégicas para a empresa, triplicando o time como um todo. Até o final de 2022, a projeção é escalar seu impacto e negócio multiplicando por 10 a quantidade de cidades clientes. "Encontramos na Gove os elementos que tornam as empresas tech grandes ícones da nossa sociedade: um time incrível com muita experiência, um produto dez vezes melhor do que qualquer alternativa e um processo de venda eficiente e escalável", afirma Edson Rigonatti, sócio da Astella. Para a Gove, o investimento é um marco no ecossistema de govtechs, criando melhores condições para destravar um mercado que, nos Estados Unidos, movimenta R$ 200 bilhões por ano, só considerando compras de tecnologia de governos locais. No Brasil, as compras de tecnologia por parte de governos movimentam aproximadamente R$ 25 bilhões por ano. “A entrada das govtechs no mainstream de investimentos de venture capital facilitará a criação de grandes empresas e tem potencial para aumentar, de maneira muito direta e rápida, a competitividade do país em si”, comenta Rodolfo Fiori, cofundador da Gove. Criada em 2008, a Astella é uma gestora de investimentos em venture capital brasileira com foco em empresas nos estágios seed e série A, atualmente investindo seu quarto fundo.

Por: Luana Rosales

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