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Dimensa compra InovaMind Tech



A Dimensa, empresa de tecnologia para o setor financeiro da Totvs, criada no ano passado em sociedade com a B3, acaba de anunciar a sua primeira aquisição. Os sócios pagaram R$ 23,5 milhões pela InovaMind Tech, uma empresa de São Paulo especializada em processos de captura de documentos, a empresa cria produtos e serviços digitais de onboarding, validação de identidade, background check e gestão de riscos com foco em mitigação de fraudes. Com cerca de 30 colaboradores e 40 clientes, a InovaMind obteve receita bruta anualizada de aproximadamente R$ 11 milhões ao final de 2021. “O setor financeiro, assim como outros mercados no Brasil e no mundo, está em um processo acelerado de transformação e digitalização. Produtos com inteligência artificial e big data passam a ser cruciais para a oferta de soluções financeiras mais customizadas, uma demanda crescente dos clientes dos nossos clientes”, afirma Denis Piovezan, CEO da Dimensa. O portfólio da Dimensa inclui uma plataforma para processamento e controle de middle e back offices de fundos de investimentos do país, uma oferta de core banking para processamento de produtos financeiros de pequenos e médios bancos, além de uma plataforma de processamento e gestão para administradoras de cartões private label. A Dimensa surgiu a partir de um spin off operação de soluções de gestão para o segmento de serviços financeiros da Totvs, formando uma nova empresa na qual a bolsa de valores B3 tem uma participação minoritária. A B3 comprou 37,5% da nova TFS por R$ 600 milhões, o que avalia a empresa em R$ 1,6 bilhão. A área que saiu da Totvs tem um time de 400 pessoas e receita líquida realizada no ano de 2020 de aproximadamente R$ 140 milhões. A nova companhia terá total autonomia e foco no efervescente segmento de tecnologias B2B para o mercado financeiro e de fintechs, sob o comando de Piovezan, ex-vice-presidente da Linx. Piovezan foi contratado pela Linx em 2017 como o diretor executivo responsável por estruturar a divisão de meios de pagamento da Linx, sendo promovido em 2019 para VP da empresa. O executivo fez carreira no setor financeiro, tendo passado por cargos em nível de diretoria na área no Banco Ibi, Walmart, Losango e Grupo Losango. A nova empresa é uma resposta tanto de Totvs quanto B3 ao aquecimento do mercado de tecnologia financeira no país, alavancado pelo novo ecossistema do open banking e serviços de sucesso como o Pix, do Banco Central. As ações da B3 acumulam queda neste ano, em meio à entrada de novos concorrentes no mercado de compra e venda de ações e a redução do volume da bolsa brasileira. Fontes ouvidas pelo Valor Econômico falam que o novo negócio é uma tentativa da B3 de entrar em novos mercados, mostrando que está se movimentando, ao mesmo tempo em que faz isso com um parceiro com conhecimento na área de software. Já para a Totvs, o movimento parece ser um reconhecimento que a empresa não pode ter um negócio fintech (ou techfin, como a empresa gosta de dizer) e ser um fornecedor para seus concorrentes no mercado. A Totvs entrou pesado nessa área em outubro de 2019, quando fechou a compra da Supplier, uma empresa especializada em intermediação de operações de crédito entre clientes e fornecedores, por R$ 455,2 milhões. A aquisição foi precedida pela criação no final da fintech Totvs, que tem parceria com a Rede, a credenciadora de cartões do Itaú, e oferece meios de pagamento e antecipação de recebíveis a seus clientes do varejo. Com uma receita líquida de R$ 2,59 bilhões em 2020, uma alta de 13,8%, a gigante de ERP brasileira teve no ano passado o seu melhor resultado em mais de uma década, ficando atrás só dos 15,6% obtidos em 2009.


Publicado em: baguete.com.br


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