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Cobli levanta R$ 100 milhões em nova rodada de investimentos


Rodrigo Mourad, CEO e fundador da Cobli

A Cobli, startup de gestão de frotas, anuncia nesta quarta-feira (12/7) uma nova rodada de investimentos no valor de R$ 100 milhões. O aporte foi liderado pela International Finance Corporation (IFC), membro do Banco Mundial, e pela Fifth Wall. Voltam a investir as gestoras Qualcomm Ventures, NXTP Ventures e GLP Capital Partners. Em um cenário de escassez de capital para rodadas mais robustas e down rounds, a startup afirma ter captado o aporte com novo valuation, maior que o avaliado em 2021, quando levantou a rodada Série B de R$ 175 milhões, liderada pelo SoftBank. “O que vimos nos últimos meses é que tem acontecido uma priorização do mercado em investimentos seguros. A Cobli já é mais madura sobre o modelo de negócio, sabe quanto dinheiro gasta, e isso foi mais importante na avaliação do que em 2020 e 2021”, aponta Rodrigo Mourad, CEO e fundador da startup. A Cobli opera a partir de sensores instalados nos veículos, que captam informações sobre localização, trajeto, acelerações e frenagens, entre outros. Os dados são registrados em uma plataforma, onde as empresas podem acompanhar o consumo de combustível, a necessidade de manutenções e a condução dos motoristas. No ano passado, a startup lançou o rastreamento também por vídeo, com uma solução que combina IoT com inteligência artificial e big data. O capital será investido na expansão do time e na evolução do produto. Segundo Mourad, mais de R$ 20 milhões serão destinados para a área de desenvolvimento nos próximos meses. A Cobli pretende explorar mais o potencial da inteligência artificial e como as imagens geradas pelos equipamentos podem fornecer dados para os clientes. Entre as funcionalidades que a startup quer evoluir estão reconhecimento facial e de acidenteO fundador vê uma grande oportunidade no uso do vídeo pelas empresas. Segundo ele, nos Estados Unidos e na Europa, cerca de 65% das vendas do setor são de videotelemetria, enquanto no Brasil o volume é quase nulo. De acordo com Mourad, outras áreas também continuarão crescendo, como sucesso do cliente e comercial, com mais de 100 contratações planejadas até o fim de 2024. Com cerca de 400 colaboradores atualmente, a Cobli realizou um corte no quadro de funcionários no início de maio. Na época, a startup afirmou que “revisitou a estrutura organizacional”, mas não informou quantas pessoas foram afetadas. Segundo dados da pesquisa Berg Insight Fleet Management, há cerca de 11 milhões de veículos comerciais no país – desses, 2 milhões são caminhões, de acordo com números do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). O restante são veículos leves, utilizados no last mile ou então por prestadores de serviço. A Cobli atende mais de 5 mil empresas, sendo pouco mais de 20% de veículos pesados e 80% leves. Entre os principais setores atendidos estão transporte rodoviário, telecomunicações, energia e saneamento. “Atuamos em problemas comuns para todos. Você não quer ter acidentes e quer ser mais produtivo”, diz Mourad. Nos próximos três anos, a startup pretende crescer cinco vezes. Com atuação no Brasil e em quatro países por causa da operação de alguns clientes, a Cobli não descarta a internacionalização de forma oficial, com a inauguração de bases de operação fora do país. Segundo Mourad, a ideia é iniciar o plano nos próximos dois anos, sem necessidade de captação de nova rodada. “Já conseguimos parar de pé com o capital levantado até agora”, finaliza.





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