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Futurama procura investidor para solucionar problemas



Tradicional rede de supermercados da capital paulista, o Futurama passa por grave crise financeira. No mês passado, a filial do bairro da Lapa, na zona oeste paulistana, encerrou suas atividades.

Nas seis lojas ainda em funcionamento, o cenário é de diversas gôndolas vazias e poucos clientes circulando pelos corredores.

Boa parte das dificuldades é resultado de problemas na Justiça. Sob acusação de não pagar impostos, o Futurama sofreu bloqueio de parte do faturamento e penhora de recursos em conta bancária. Somente os processos iniciados pela União ou pelo Estado de São Paulo chegam a pelo menos 500 milhões de reais.

Sem capital de giro disponível, a rede não tem conseguido pagar fornecedores e aluguéis. Somente os funcionários seguem recebendo em dia.

A rede que, no passado, registrava faturamento de R$ 26 milhões mensais, hoje, segundo seus advogados, fatura em torno de R$ 5 milhões por mês. E os mais de 1.000 funcionários agora não passam de 580 colaboradores.

Para sair do vermelho, o Futurama precisa de um investidor externo. “A recuperação é factível, mas precisamos de um parceiro financeiro para ontem”, resume Othon Beserra, advogado da rede.

Para o advogado empresarial Leandro Amorim, do escritório Costa e Tavares Paes, não é fácil atrair grande investimento externo em situações como essa.

“Mesmo que outra rede se interessasse em comprar o Futurama, precisaria arcar com as enormes obrigações fiscais e trabalhistas deixadas pela antiga empresa”, explica.

“Uma saída poderia vir de fundos abutres, conhecidos por comprar negócios em dificuldade por valores mínimos, restabelecê-los e vendê-los”, opina Amorim.

Fonte: Veja São Paulo

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