![](https://static.wixstatic.com/media/192d17_58a04323220b427c8a3eaa4744bf107f~mv2.jpg/v1/fill/w_101,h_49,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/192d17_58a04323220b427c8a3eaa4744bf107f~mv2.jpg)
Tradicional rede de supermercados da capital paulista, o Futurama passa por grave crise financeira. No mês passado, a filial do bairro da Lapa, na zona oeste paulistana, encerrou suas atividades.
Nas seis lojas ainda em funcionamento, o cenário é de diversas gôndolas vazias e poucos clientes circulando pelos corredores.
Boa parte das dificuldades é resultado de problemas na Justiça. Sob acusação de não pagar impostos, o Futurama sofreu bloqueio de parte do faturamento e penhora de recursos em conta bancária. Somente os processos iniciados pela União ou pelo Estado de São Paulo chegam a pelo menos 500 milhões de reais.
Sem capital de giro disponível, a rede não tem conseguido pagar fornecedores e aluguéis. Somente os funcionários seguem recebendo em dia.
A rede que, no passado, registrava faturamento de R$ 26 milhões mensais, hoje, segundo seus advogados, fatura em torno de R$ 5 milhões por mês. E os mais de 1.000 funcionários agora não passam de 580 colaboradores.
Para sair do vermelho, o Futurama precisa de um investidor externo. “A recuperação é factível, mas precisamos de um parceiro financeiro para ontem”, resume Othon Beserra, advogado da rede.
Para o advogado empresarial Leandro Amorim, do escritório Costa e Tavares Paes, não é fácil atrair grande investimento externo em situações como essa.
“Mesmo que outra rede se interessasse em comprar o Futurama, precisaria arcar com as enormes obrigações fiscais e trabalhistas deixadas pela antiga empresa”, explica.
“Uma saída poderia vir de fundos abutres, conhecidos por comprar negócios em dificuldade por valores mínimos, restabelecê-los e vendê-los”, opina Amorim.
Fonte: Veja São Paulo