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No primeiro semestre de 2017, segundo levantamento da PWC, foram anunciadas 300 transações de fusões e aquisições (M&A) no Brasil, 5% acima do esperado.
Com o cenário de crise, no entanto, por que o mercado de fusões de aquisições não está estagnado, seguindo a lógica de outros setores da nossa economia?
A resposta pode estar em alguns fatores, a iniciar pelo próprio momento do nosso país: taxa básica de juros, a Selic, em constante queda, fechará 2017 a menos de 9% e a inflação promete fechar o ano em 4,19%, a mais baixa desde fevereiro de 2000.
Dentro deste cenário, podemos afirmar que ganhar dinheiro no mercado financeiro, sem exposição a riscos está mais difícil, o que torna mais atrativo investir em operações na economia real.
Com dinheiro na mão e fugindo de aplicações bancárias, empresários tem observado atentamente oportunidades de investimento em empresas saudáveis e com potencial de crescimento.
Até mesmo empresas em crise, com injeção de recursos e uma administração eficiente, podem se transformar em negócios atrativos, principalmente na mão de novos donos. A velha máxima de que a crise apresenta oportunidades.
Para dar este passo, é importante que o empresário entenda exatamente o mercado em que sua empresa está inserida, traçando objetivos claros de curto, médio e longo prazo, para fins de crescimento e diferenciação.
Modelos de negócio estão sendo desconstruídos do dia para noite, em um mercado cada vez mais integrado e complexo. Ninguém compra uma empresa sem conseguir enxergar o retorno de seu investimento e entender os riscos mínimos a qual estará sujeito, caso avance com a aquisição.
Lembre-se que dentro de um processo de M&A, com venda parcial, a empresa deverá demonstrar ao seu futuro sócio onde ela pode e quer chegar, com visão estratégica, objetivos claros e principalmente como fará para atingi-los. Transparência e objetividade é a alma do negócio!
Neste cenário, é fundamental termos uma tese de investimento atrativa antes de ir a mercado, demonstrando a oportunidade ao investidor e as possibilidades de ganho no negócio. Esta construção é feita sempre “a quatro mãos” (empresa e advisor), pois ninguém conhece mais o negócio do que o próprio empresário.
Cabe a consultoria em fusões e aquisições auxiliar na construção da tese de investimento e se aprofundar no mercado em questão, entendendo os riscos e oportunidades de se levar o negócio para venda naquele momento histórico.
Não é, por fim, uma decisão fácil, frente aos obstáculos e riscos que esse processo apresenta, mas pode ser a forma mais adequada para a empresa que quer crescer, ganhar mercado e se posicionar frente aos concorrentes, e que organicamente não consegue atingir estes objetivos.