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DONA DO MACARRÃO ADRIA COMPRA A CARIOCA PIRAQUÊ



O grupo cearense M. Dias Branco, dono de marcas como Adria e Richester, comprou a fabricante de biscoitos e massas carioca Piraquê. O negócio foi fechado nesta segunda-feira por R$ 1,55 bilhão, como antecipado pelo colunista Lauro Jardim. A conclusão da transação, no entanto, ainda depende do aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que regula a concorrência no país.


Com a aquisição, a M. Dias Branco pretende fortalecer sua presença no Sudeste. Hoje, 70% do faturamento do grupo estão concentrados no Nordeste. A empresa, que foi fundada em 1953, é líder nacional no segmento de massas e biscoitos, com 32% do mercado em volume de vendas. Nos primeiros nove meses de 2017, a companhia teve faturamento de R$ 4 bilhões.


— Faz parte da nossa estratégia o crescimento por aquisições. Fizemos cinco desde 2003. A Piraquê é uma marca simpática, que complementa bem nossos negócios e vai nos ajudar na descentralização das operações — disse Geraldo Luciano Mattos, vice-presidente de Investimentos e Controladoria da M. Dias Branco.


O grupo cearense nasceu como uma padaria em 1936, inaugurada pelo imigrante português Manuel Dias Branco, na cidade de Cedro, no interior do Ceará. Nos anos 1950, ele ampliou a sociedade e criou a M. Dias Branco, para produzir massas e biscoitos. Hoje, a empresa controla 18 marcas e é sediada em Eusébio, a 24 quilômetros da capital cearense.


No Nordeste, onde é mais forte, é dona das marcas Fortaleza, Richester e Vitarella. A companhia ganhou mais relevância no Sudeste com a aquisição do grupo Adria, de massas, em 2003. Em 2006, lançou ações em Bolsa, quando levantou R$ 361 milhões. Desde então, a família Dias Branco tem 75% da companhia. O restante está no mercado.


A empresa tem fábricas no Nordeste, em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Já a Piraquê, controlada pelas famílias Colombo e Ometto, dona da Cosan, tem duas unidades no estado do Rio: uma em Madureira, Zona Norte da capital, que começou a ser construída nos anos 1950, e uma em Queimados, na Região Metropolitana. Esta última teve financiamento do BNDES de R$ 70 milhões.


Os produtos da Piraquê, fortes no Rio, estão em 60 mil pontos de venda no país, segundo informações do site da empresa.


Publicado em: PEGN

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