Segurança nacional: Estados Unidos proíbem venda de software da Kaspersky
- Akurat
- 24 de jun. de 2024
- 2 min de leitura
A partir de 20 de julho, a Kaspersky estará proibida de comercializar seu software para consumidores e empresas americanas, conforme relatado pela Reuters.
O governo dos Estados Unidos anunciou, na última quinta-feira (20), a proibição da venda do antivírus da Kaspersky no país, argumentando que a empresa russa representa uma ameaça à segurança nacional e à privacidade dos usuários. A proibição, considerada inédita, foi imposta pelo Bureau de Indústria e Segurança do Departamento de Comércio.
A empresa terá até o final de setembro para fornecer atualizações de segurança para os clientes existentes. Após esse prazo, a Kaspersky não terá autorização para enviar novas atualizações de software para seus usuários no país, de acordo com Gina Raimondo, secretária de Comércio dos EUA.
Raimondo recomendou fortemente que os atuais usuários do software Kaspersky migrem para alternativas, apesar de não estarem infringindo a lei ao continuar usando o software. “Isso significa que seu software e serviços se degradarão. Por isso, recomendo fortemente que você encontre imediatamente uma alternativa à Kaspersky”, disse Raimondo.
A Kaspersky, que tem mais de 400 milhões de clientes individuais e 240 milclientes corporativos em todo o mundo, não divulgou o número de clientes nos EUA, mas reconheceu que possui uma base significativa, incluindo organizações de infraestrutura crítica e entidades governamentais locais e estaduais.
A decisão do governo americano é fundamentada na preocupação de que a Rússia possa usar empresas como a Kaspersky para coletar e utilizar informações pessoais dos americanos com propósitos maliciosos.
Essa medida é parte de uma série de ações adotadas desde 2017, quando a administração do ex-presidente Donald Trump proibiu o uso do software da Kaspersky por agências federais devido a preocupações similares.
Em resposta, a Kaspersky anunciou planos para contestar a decisão, afirmando em comunicado que não se envolve em atividades que ameacem a segurança dos EUA e destacando suas contribuições para a proteção contra ameaças globais, de acordo com informações do TechCrunch. “A empresa pretende buscar todas as opções legalmente disponíveis para preservar suas operações e relacionamentos atuais”, disse a empresa.
A Secretária de Comércio anunciou que o Departamento de Segurança Interna e o Departamento de Justiça coordenarão esforços para notificar os consumidores afetados nos EUA.
O governo dos EUA também lançará um site dedicado para fornecer informações detalhadas sobre os motivos por trás da proibição da Kaspersky e orientações sobre os próximos passos a serem tomados.
Um alto funcionário do Departamento de Comércio esclareceu que não serão divulgadas ações específicas da Kaspersky que motivaram a decisão anunciada, segundo o TechCrunch.
Com informações do TechCrunch.
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