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Plugify capta R$ 32,6 mi com debêntures

Startup de aluguel de hardware financia a compra de mais equipamentos com empréstimo.


A Plugify, startup brasileira de aluguel de hardware, emitiu R$ 32,6 milhões em debêntures para financiar a sua expansão.


Uma debênture é um título de dívida, de médio e longo prazo, pelo qual uma empresa pode captar recursos no mercado de diferentes investidores.


No caso da Plugify, o plano inicial era chegar a R$ 30 milhões, mas apareceram mais interessados do que o projetado, incluindo fundos grandes como Angá, Augme e Jera Capital.


Essa é a segunda emissão de debêntures da Plugify, que já havia captado R$ 10 milhões em 2020. O plano inicial era gastar o capital em 18 meses, mas ele acabou se esgotando em 12.


O motivo é a pandemia do coronavírus e o aumento da demanda por aluguel de desktops, notebooks e smartphones gerado pelas adoção de home office em muitas empresas.


Fundada em 2017, a Plugify tem crescido 10% ao mês. O foco são pequenas e médias empresas e startups, com planos de assinatura de 24, 36 e 48 meses.


O modelo de financiamento por dívida faz mais sentido para a Plugify do que vender participações na empresa para investidores, uma vez que, na prática, o que a empresa faz é fazer um empréstimo aos seus próprios clientes, na forma de equipamento.


“Esse recurso é o mais barato do capital de risco e evita diluição. Inclusive tem sido uma tendência entre as startups nos Estados Unidos e está começando no Brasil”, afirma o CEO da Plugify, Alexandre Gotthilf.


De acordo com Pitchbook, de 2010 a 2020 o número de captações de venture debt, o que inclui as debêntures, cresceu 3,1 vezes enquanto o de venture capital cresceu 2,2 vezes.


Os dois sócios da Plugify tem experiência em negócios similares com o atual. Gotthilf foi gerente na Pitzi, uma startup voltada para seguros de celulares. Já Paula Mendes Caldeira Rathsam, a CFO, tem passagens por bancos como BTG, Bank Of America e Moelis & Company.


Além da migração para o home office, na qual muitas empresas tiveram que arrumar centenas de notebooks de uma hora para a outra, empresa como a Plugify surfam numa onda mais ampla de migração para um modelo de negócios com menos ativos. Assim, o pós pandemia parece positivo.


"Muitas empresas devem permanecer em sistema misto, com home-office sendo opção, mas mesmo as empresas mais tradicionais que voltem totalmente as operações para o físico poderão perceber que alugar é melhor do que comprar", ressalta Gotthilf.


Nos Estados Unidos, 80% das empresas já alugam seus equipamentos de TI, enquanto no Brasil o serviço contempla apenas 10%, segundo dados da IDC.


Um dos maiores players brasileiros é a Microcity, que fechou o ano passado com uma receita de R$ 140 milhões, o que representa um crescimento de 21% em relação a 2019.

Algumas empresas de porte entraram no mercado no ano passado, de olho no oba oba da pandemia.


Uma delas foi a Oi, que lançou o Oi Informática uma oferta de aluguel mensal de notebooks e desktops com instalação e suporte técnico aos clientes corporativos (a Vivo tinha algo parecido desde 2014).


Quem já estava também tentou aproveitar. A Positivo, por exemplo, eliminou o o período mínimo de 36 meses para contratos do tipo em março, logo no começo da pandemia.


No terceiro trimestre, a divisão As a Service da Positivo teve um crescimento de 60%, quando comparado com o mesmo trimestre do ano passado, e de 100% frente ao trimestre anterior.


Publicado em: www.baguete.com.br

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