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Pegasystems compra startup de Campinas


A Pegasystems, uma multinacional de software de gestão de relacionamento com o cliente, acaba de comprar a EverFlow, uma startup brasileira especializada no nicho de “process mining”. Não foi revelado o valor do negócio. A EverFlow tem oito funcionários listados no Linkedin e é um spin off da Icaro Tech, uma companhia de Campinas fundada em 1997, com 230 colaboradores e atuação na área de desenvolvimento de software, consultoria e serviços gerenciados. A startup é pequena, mas se destacou em um nicho quente, figurando nos últimos anos em relatórios do Gartner e da Forrester sobre process mining, um tipo de análise de processos automática que facilita a implementação de softwares que gerenciam fluxos de trabalho. A solução funciona conectada com softwares de RPA como o UiPath, soluções de gerenciamento de atendimento como ServiceNow e Zendesk, além de softwares de gestão de relacionamento de cliente da SalesForce, SAP e Pipefy. Agora, ela será integrada até o final do ano com a solução da Pegasystems, que compete com todos esses players de alguma forma. “Com a aquisição da Everflow passaremos a oferecer a hiperautomação como nenhuma outra empresa do setor,” diz Mauricio Prado Silva, diretor geral da Pegasystems na América Latina. “Quando combinado com nossa plataforma inteligente de low-code, a Everflow ajudará a Pega a eliminar as ineficiências dos processos de negócios end to end, mesmo nas maiores e mais complexas empresas”, promete Silva. A Pegasystems (Pega, para os íntimos), tem um faturamento na casa de US$ 1,2 bilhão, 35 anos de mercado e presença mundial. No Brasil, a empresa abriu as portas apenas em 2019. Silva, ex-vice presidente de vendas da área de Business Applications da Oracle, foi contratado em 2020. A Oi é um dos maiores clientes da Pega no Brasil. Com a plataforma da empresa, foi criado um sistema unificando 22 operações, nove mil agentes de central de atendimento e 1 mil lojas. Pelo tamanho da EverFlow e o tempo de presença da Pega no Brasil, dá para supor que a razão da compra é a aposta no potencial de expansão internacional da tecnologia da startup brasileira. Essa não é a razão mais frequente para comprar empresas de tecnologia no país. Normalmente, os negócios visam fortalecer a operação local com uma base de clientes, ou atender especificidades locais (um exemplo típico são questões tributárias). Aquisições focadas em tecnologia, no entanto, parecem estar se tornando mais comuns. Em junho de 2020, por exemplo, a IBM fechou uma compra muito parecida com a da Pega agora. A adquirida na ocasião foi a WDG Automation, uma empresa de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, especializada em automação robótica de processos (RPA, na sigla em inglês), sistemas interativos de voz e chatbots. A WDG tinha na época 84 funcionários com perfis no Linkedin e listava em seu sites clientes como Rodobens, OAB e TIM, além de parcerias com Deloitte e Accenture.


Publicado em: baguete.com.br


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