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Existe uma bolha prestes a estourar nas fintechs e empresas de tecnologia?



O ciclo de alta dos juros americanos prometido pelo Federal Reserve Bank (Fed) para 2022 fez virar de ponta cabeça um setor que navegava de vento em popa durante a pandemia: o de tecnologia.


Antes beneficiadas pelas baixíssimas taxas de juros mundo afora, essas empresas, agora, derretem nas bolsas e são colocadas em xeque. Afinal, existe uma bolha de empresas que prometem muito e entregam pouco prestes a estourar? Para alguns analisas, não. “Existiu sim uma euforia e um certo exagero em determinadas ações, mas que não foi exclusivo do Brasil. A maior parte era de fora e motivada por um juro baixo.


Eu não diria que uma bolha está estourando, mas, sim, que a preferência dos investidores muda conforme a economia volta ao normal”, avalia Carlos Macedo, analista da Ohmresearch. O mercado entrou em choque com os resultados do quarto trimestre da Meta (antigo Facebook). A inédita perda de 500 mil usuários ativos pelo mundo e a projeção de um crescimento menor para os próximos meses faz as ações derreterem mais de 20% em Nova Iorque. “A preferência era por investimentos com maior peso para futuro.


O risco era muito baixo com os juros praticamente zerados, mas à medida que eles começaram a aumentar, o custo de oportunidade também começou a ficar mais alto. Quando o custo sobe, o mercado migra para um investimento de retorno mais imediato, como as blue chips”, explica Macedo.


Em outras palavras, investir no futuro ficou muito caro para os investidores e, dessa forma, essas empresas vão ter de se virar para mostrar que são resistentes às mudanças. “No fundo, o que acontece dentro das companhias é muito mais importante que qualquer discussão de bolha”, finaliza Macedo.


Publicado em veja.abril.com.br


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