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Ex-CEO diz em julgamento de Lynch que HP não precisava da Autonomy a qualquer custo

Atualizado: 8 de abr. de 2019


LONDRES (Reuters) - A Hewlett-Packard não precisava comprar a britânica Autonomy para resolver os outros problemas da empresa norte-americana em 2011, disse seu ex-presidente-executivo no julgamento de 5 bilhões de dólares sobre fraude bilionária de Mike Lynch.


Lynch é acusado de inflacionar fraudulentamente o valor da Autonomy, que a HP comprou por 11,1 bilhões de dólares e um ano depois registrou como 8,8 bilhões de dólares. Ele argumenta que a própria HP, uma "empresa vasta, mas fracassada", estragou a aquisição.


A Autonomy foi líder de mercado em software para dados não estruturados, ajudando empresas a extrair o significado de e-mails, vídeo ou chamadas de voz, que são difíceis de analisar de maneira tradicional.


E Leo Apotheker, arquiteto do negócio e CEO da HP entre novembro de 2010 e setembro de 2011, tentou aumentar a lucratividade da HP ao integrar seus negócios de impressoras e computadores com softwares de margens mais altas.


Mas o ex-CEO da SAP, principal grupo de software de negócios da Europa, resistiu a sugestões do advogado de defesa de Lynch na Suprema Corte de Londres de que a aquisição da Autonomy era fundamental para uma estratégia desesperada.


"Dados não estruturados estavam no centro de seus planos", disse Robert Miles QC, agindo em nome de Lynch, a Apotheker, que foi chamado como testemunha no caso.


"Não, isso não é certo, era parte do plano", disse Apotheker, acrescentando que a HP havia considerado comprar a Autonomy ou o grupo alemão Software AG no primeiro semestre de 2011, mas decidiu que a empresa britânica porque ela forneceria o "salto tecnológico" que a HP queria.


Não foi claro, Apotheker disse. "Olhando para os mercados financeiros, os investidores, eu acho que eles teriam preferido a Software AG", disse.


Apotheker, que afirmou em seu testemunho que "nunca disse à equipe de due diligence para priorizar a due diligence da tecnologia da Autonomy acima de suas finanças", também rejeitou a ideia de que a HP estava em crise.


"Mas não estava indo bem. Fiquei muito insatisfeito com os resultados, mas isso não significa que a empresa esteja prestes a falir".


A HP está processando Lynch, que já foi citado como a resposta britânica a Bill Gates, junto com seu ex-chefe financeiro Sushovan Hussain em mais de 5 bilhões de dólares. Lynch também enfrenta acusações de fraude criminal nos Estados Unidos, que têm um prazo máximo de 20 anos. Hussain foi condenado por fraude em um caso relacionado dos EUA.


POR GEORGINA PRODHAN E PAUL SANDLE / REUTERS

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