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Em meio à pandemia, fundos famosos reabrem captação para irem às compras



Com a queda generalizada dos mercados em forte reação à pandemia do novo coronavírus, um movimento começou a ser notado desde o Carnaval, momento em que a aversão ao risco subiu rapidamente mundo afora. Fundos de gestores renomados no mercado, alguns há anos fechados para captação, foram reabertos. Até aqui, cerca de vinte fundos de renda variável e multimercados, que são aqueles com mandato para investir em diversas estratégias, incluindo ações, abriram as portas a novos investidores. Um dos primeiros a reabrir foi o tradicional fundo Dynamo Cougar, que estava fechado desde 2011. A Dynamo anunciou três tranches de captação, sendo que as duas primeiras, em março, de R$ 300 milhões cada, muito rapidamente bateram o limite. Está prevista uma próxima reabertura, agora em abril, na qual o limite a ser captado é de R$ 400 milhões. “Tal escalonamento visa permitir uma melhor gestão da carteira do fundo, inclusive no que tange à capacidade de absorção dos novos recursos no mercado, especialmente em relação a preço e liquidez das ações”, segundo fato relevante da Dynamo, sobre a reabertura. A mensagem era: o fundo está preparando munição para ir às compras. Em 2008, quando os papéis derreteram na crise financeira global, o fundo também reabriu para fazer caixa. Dentre as ações que a Dynamo comprou estão Natura e Gerdau. Outra gestora que reabriu um de seus fundos foi a Constellation, que tem como um dos sócios Jorge Paulo Lemann e tem os fundos geridos por Florian Bartunek. Outro exemplo foi o Atmos, que também reabriu para fazer caixa, com a missão de ter recursos para colocar mais ações – que consideram a um preço atrativo, depois da forte queda – no portfólio. Na lista dos fundos de renda variável que reabriram nas últimas semanas estão ainda um da Truxt, um da Bahia Asset e dois da XP, o Dividendos e o Investor, também há tempos fechados. O mesmo movimento é observado entre os multimercados. Dentre eles, um da Verde Asset, de Luis Stuhlberger, e um da gestora Adam, de Márcio Appel. Outras gestoras que reabriram fundos dessa modalidade para captação foram a Truxt e a Gávea. Há outros na lista. O sócio e diretor de fundos de investimentos da XP Investimentos, Gustavo Pires, tem observado que os fundos, no geral, têm registrado fluxo de entrada de recursos, diante da janela que se abriu depois da forte queda dos mercados. “Os gestores estão fazendo caixa para montar posições diante do atual preço das ações. Investir em alguns papéis começou a fazer sentido em sua carteiras e muitos estão indo às compras”, comenta. Além disso, Pires ressalta que o movimento abriu oportunidade dos investidores entrarem em alguns fundos famosos que há muito tempo estavam indisponíveis. Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), no acumulado do mês até o dia 20, a indústria de fundos anotou captação líquida de R$ 11,9 bilhões. Entre as modalidades, o destaque ficou com os fundos de ações com a captação superando os resgates em R$ 5,8 bilhões no período. No ano, a captação líquida acumulada da indústria de fundos chega a R$ 49,6 bilhões, de acordo com a entidade.



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