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Fusões e aquisições vão marcar ano dos ISPs no Brasil



Os pequenos prestadores de serviços de telecomunicações e de conectividade e internet (chamados de provedores regionais) consolidaram uma forte participação no mercado de banda larga e ganharam destaque nas previsões da IDC. Apresentado à imprensa no dia 5/2, o estudo IDC Predictions Brazil projetou que essas empresas aumentarão a participação de mercado em cinco pontos porcentuais em 2019, ultrapassando 25% do total de conexões de banda larga fixa.

"O ano de 2018 foi importante para este grupo, que cresceu. Eles têm avançado por vários motivos, mas um deles é a pouca relevância que a marca da operadora para banda larga fixa tem para o usuário final. O que tem relevância é a velocidade e a estabilidade ofertada", explica André Loureiro, gerente de pesquisa e consultoria de TIC da IDC. "E são esses pequenos prestadores de serviços que têm entendido a necessidade dos usuários finais, até porque estão próximos aos clientes. Além disto, eles têm investido muito para fibrar suas infraestruturas para melhorar a conexão", acrescentou o especialista. A IDC nomeou como provedores as empresas que ofertam banda larga excluindo Claro, Telefônica, Algar, Oi e TIM. O mercado corporativo (B2B, na sigla em inglês) será o foco de crescimento desses prestadores, uma vez que oferece oportunidade de mais projetos, com maior ARPU e maior margem. "Para 2019, essas empresas têm olhado para fincar o pé em B2B, porque veem como grande oportunidade de negócio levar valor agregado. Por isto, eles têm investido fortemente em crescer o mix de produtos. Já vemos provedores com produtos de cloud, datacenter, entre outros, para subir na cadeia de valor de cliente", diz Loureiro.

De acordo com o especialista, os pequenos prestadores já começaram a mudar o foco e em 2019 entram mais forte no segmento corporativo, com projetos de mais valor agregado, como internet das coisas, o que também envolve parceria com outras empresas do próprio segmento.

Questionado acerca de vantagens dessas companhias em relação às teles, Loureiro afirmou que velocidade e estabilidade de conexão são os requisitos mais pedidos pelos usuários finais mais pedem e são os prestadores de serviços de telecomunicações que têm demonstrado capacidade de fazer entrega, além da proximidade ao usuário final que garante uma abordagem comercial diferente.

"Eles também entenderam como endereçar os mercados comendo pelas beiradas. Eles vão construindo a infraestrutura ao redor da cidade, enquanto as teles começam pelo centro. Assim, têm tido a inteligência geográfica e imobiliária de entender para onde a cidade está crescendo", assina o gerente de pesquisa e consultoria de TIC da IDC.

Fusões e Aquisições Colocar fibra na infraestrutura e realizar a troca de rádio para fibra ótica exige muitos investimentos. Muitos pequenos prestadores de serviços de telecomunicações e de conectividade Internet estão, segundo a IDC, entendo que o melhor caminho é por meio de transações fusão e aquisição. "Em 2018, já teve movimento de M&A e vimos também fundos de investimentos entrando neste jogo", explica André Loureiro. O especialista não passou números de transações de M&A nem citou exemplos, mas afirmou que o movimento está ocorrendo e tende a se intensificar. "Temos visto provedores se preparando para a jornada; se profissionalizando e tendo todo o back office preparado para quando o momento chegar. Também vemos o modelo de fundo comprando dois, três pequenos prestadores para uni-los. Como também há a própria junção de companhias em nome de otimização de custo", diz Loureiro. O IDC Predictions Brazil apontou um crescimento de 4,9% para o setor de TIC em 2019 e apontou segurança da informação, inteligência artificial, gestão de dados e big data analytics, nuvem pública, internet das coisas, arquiteturas modernas e DevOps, amadurecimento do mercado de dispositivos, fortalecimento dos pequenos prestadores de telecomunicações e conectividade Internet, SD-WAN e serviços gerenciados como as principais tendências no setor de tecnologia da informação e telecomunicações no Brasil em 2019.

Publicado em: Convergencia Digital

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