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Onda de aquisições agita o e-commerce



A Nielsen está próxima de comprar a consultoria Ebit, do Buscapé, fortalecendo sua atuação no comércio eletrônico. A operação foi aprovada nesta semana, sem restrições, pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). No ano passado, havia circulado a notícia de que o Buscapé estava negociando a consultoria por cerca de R$ 5 milhões. Na época, especulou-se que o WPP e a GfK também avaliaram o ativo. Fontes da indústria disseram ao Estado de Minas que a marca e a influência da Ebit são provavelmente maiores que o valor do negócio. Comprada pelo Buscapé por volta de 2006, a Ebit é a consultoria de e-commerce mais tradicional do Brasil. Talvez o maior ativo da empresa seja o relatório Webshoppers, que desde 2001 monitora volume de vendas, quantidade de compradores e categorias de produtos comercializados no e-commerce brasileiro. Correios não poderão cobrar mais de 8% em serviço a empresas de e-commerce A Ebit também faz estudos de inteligência de mercado sob medida e a certificação de lojas virtuais, usada como selo de qualidade pelos consumidores. “A operação representa uma boa oportunidade para o Grupo Nielsen expandir seu negócio de pesquisa e informação do mercado de e-commerce, bem como entrar no negócio de certificação de lojas virtuais no Brasil”, justificou a Nielsen em documento ao Cade. “O portfólio resultante terá profundidade e extensão para aumentar a competição e proporcionar maiores benefícios aos consumidores.” Em seu parecer, o Cade calcula que as duas empresas terão pouco mais de 20% de participação de mercado, tanto em pesquisas sindicalizadas – que tratam de todo o mercado e são monetizadas por assinatura, sem exclusividade por parte de um só cliente – quanto em pesquisas “ad hoc”, como são chamadas aquelas feitas sob encomenda. Para o Cade, a existência de concorrentes de grande porte – como Euromonitor, WPP/Ibope, Ipsos, GfK, Vox Populi e Accera – garante a concorrência no setor. A investida da Nielsen não foi o único negócio a agitar os e-commerce brasileiro nos últimos dias. A Webmotors, que pertence ao Banco Santander Brasil, comprou 51% da Loop, uma subsidiária da Estapar que promove leilão de veículos usados, principalmente para frotistas. A operação une a Webmotors – o maior site brasileiro de compra e venda de automóveis, com 25 milhões de acessos por mês – a uma empresa que se beneficia da presença física e capilaridade da Estapar, que opera mais de 400 mil vagas em cerca de 1.000 estacionamentos. A Webmotors está fazendo um aumento de capital na Loop, diluindo a Estapar, que continuará com 49% do capital. A operação será submetida ao Cade e ao Banco Central. A Loop organiza leilões para venda rápida. Os vendedores normalmente são empresas que operam com frotas ou bancos que retomaram veículos. Como o custo do capital empatado é alto, eles aceitam vender o carro com desconto em relação ao preço de mercado, contanto que a venda seja agilizada. Já os compradores costumam ser revendedoras que querem recompor o estoque e repassá-lo. Para isso, a Loop faz o chamado ‘remarketing’: antes de iniciar o leilão, ela recebe o carro no pátio, faz vistoria, checagem de documentos e higienização, deixando tudo pronto para o comprador. Mais de 60% das vendas são feitas on-line, mas há eventos presenciais nos pátios de Mogi das Cruzes (SP) e Uberlândia (MG). Para a Webmotors, trata-se da entrada em um nicho. A companhia vende carros tanto de pessoas físicas quanto de concessionárias cadastradas, mas ainda não operava no mercado de leilão (o Santander, que controla a empresa, atua como financiador preferencial nas vendas do site.) Para a Estapar, a transação é mais uma forma de monetizar seus estacionamentos, que servem como pátio para receber e concluir a venda desses veículos. A Estapar entrou como sócia minoritária da Loop em 2014, quando a companhia chegou ao Brasil pelas mãos da BCA, uma companhia inglesa que fatura mais de US$ 2 bilhões. A WTorre também era minoritária. Em março do ano passado, a Estapar assumiu o controle, comprando a parte da WTorre e metade das ações da BCA.

Leia em: em.com.br

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