25 de set de 20203 min

Startup que oferece soluções voltadas para a gestão de equipes remotas recebe aporte de R$ 1 milhão

A FieldLink, startup de soluções voltadas para a gestão de equipes remotas dos mais variados setores recebeu um aporte de R$ 1 milhão, liderado pela gestora de venture capital Iporanga Ventures. Fundada em 2016, a companhia permite que os gestores das empresas acompanhem o esforço e o cumprimento de metas de sua equipe em tempo real.
 

 
“A FieldLink é uma plataforma flexível para gerir processos e equipes externas. Acompanhamos a jornada de trabalho de times comerciais, técnicos, jurídicos, de fiscalização, entre outros, com foco em produtividade e eficiência operacional. Se no pré-pandemia o trabalho externo era associado essencialmente a equipes de campo, neste momento, há também demanda pelo acompanhamento de equipes que tiveram que migrar os fluxos de trabalho para suas casas”, destaca o CEO da empresa, Diego Cueva.
 

 
Ele conta que a criação da startup passou pela tentativa de resolução de uma dor própria da empresa. “O time fundador da FieldLink já possuía um negócio anterior que, com o crescimento, foi gerando desafios relacionados à gestão de time. Os aprendizados com essa empresa levaram ao primeiro investimento para desenvolvimento de nossa solução atual”.
 

 
A Fieldlink realizou o primeiro round anjo em 2016. Três anos depois, iniciou um segundo round envolvendo anjos, grupos de investidores e encerrando com a entrada da Iporanga em 2020. “O valor de R$1 milhão diz respeito unicamente ao aporte da Iporanga nessa segunda rodada”, disse.
 

 
Atualmente, a empresa atende diversas verticais diversas, dada a natureza da solução, sendo que os principais clientes estão centralizados nos segmentos financeiro, indústria e logística. Segundo o CEO, a Fieldlink tem investido consideravelmente em desenvolvimento de produto, mas sempre tendo em mente fortalecer sua distribuição.
 

 
“O investimento do round tem como objetivo catalisar o desenvolvimento de um novo produto na família FieldLink, para atender novos segmentos de equipes remotas e disponibilizar mais ferramentas para representantes e parceiros integradores oferecerem valor aos seus clientes”.
 

 
Pandemia
 
Diego explica que, em um primeiro momento, nos meses de março e abril, diversos clientes de pequeno porte acabaram encerrando suas operações com a Fieldlink, o que impactou negativamente o crescimento. “Entretanto, grandes projetos e upselling trouxeram resultados positivos mesmo no contexto da crise. Com saldo, a FieldLink deve dobrar de faturamento em 2020 em relação ao ano anterior”.
 

 
A empresa já possuía parte do time 100% remoto antes da crise e a migração ocorreu rapidamente. “A maior dificuldade foi reorganizar os processos que naturalmente são presenciais, como reuniões comerciais e eventos”.
 

 
Segurança e LGPD
 
A preocupação com a segurança dos usuários é peça-chave nos negócios da Fieldlink. Para o CEO, tratar dados de cliente com respeito está nos valores da empresa. “De maneira mais prática, isso envolve processos de governança/TI atualizados com frequência. De qualquer forma, segurança é tema fundamental que precisa ser mantido em discussão corrente. Adicionalmente, é interessante comentar que acreditamos na importância de cascatear essa atenção e orientar nossos clientes sobre como utilizar seus dados produzidos em nossa plataforma de forma segura”.
 

 
Apesar de lidar como operador e ter acesso reduzido a dados pessoais, a FieldLink, ainda assim, trata de temas cobertos pela LGPD, aprovada na semana passada. Portanto, de acordo com ele, diversos processos já haviam sido implementados para a organização.
 

 
“Em um primeiro momento, não há grandes mudanças necessárias, até porque nossos clientes já geram requisitos de governança elevados. Evidentemente, estamos bastante atentos à estruturação da ANPD, a qual possivelmente gerará novas demandas de adequação ao mercado”. A ANPD, sigla para Autoridade Nacional de Proteção de Dados, será uma espécie de “supervisor” da LGPD, que vai observar a aplicação correta da lei e mediar eventuais conflitos.
 

 
Por fim, Cueva reforçou que a estratégia da empresa está muito ligada a “sair mais forte do outro lado” e que esse período de pandemia possibilitou um esforço de desenvolvimento de produto muito interessante, que em breve será apresentado ao mercado. “Ademais, a crise moldou algumas alterações nas jornadas de trabalho dos colaboradores que usam FieldLink. Há cada vez mais a demanda de nossos clientes em operacionalizar jornadas de trabalho híbridas, com parte do dia em campo, parte em home office. Estamos trazendo recursos para apoiar esse novo momento e trazer ainda valor adicional na retomada do mercado”, finalizou.

Publicado em: startupi.com.br

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