A Sankhya acaba de receber um investimento de R$ 425 milhões do o fundo soberano de Singapura, no que é um dos maiores aportes já feitos em uma empresa de sistemas de gestão no Brasil.
Em nota, a Sankhya não chega a revelar exatamente qual é a participação do fundo, falando apenas em uma “participação minoritária relevante”, o que pode ser qualquer coisa entre 30% e 49%.
Conhecido como GIC, o fundo soberano de Singapura tem ativos totais de US$ 440 bilhões e é um dos 10 maiores do mundo.
"Nosso foco será em ampliar o número de canais em todo o território nacional, além de aumentar as ações de marketing e pesquisa e desenvolvimento (P&D). Também estamos explorando aquisições que possam complementar nosso portfólio de soluções", afirma Felipe Calixto, CEO da Sankhya.
Os planos, pelo menos a curto prazo, ainda são modestos. A Sankhya quer saltar de 38 unidades de negócios espalhadas pelo Brasil para 40 até o final do ano, somando outros 15 no ano que vem.
“Com o novo aporte, será possível investir ainda mais para aprimorarmos nossos diferenciais, e nos tornarmos a empresa mais desejada de software de gestão empresarial do Brasil", afirma Fábio Túlio, sócio fundador e atual diretor de Inovação da Sankhya.
A Sankhya tem hoje 1,4 mil funcionários, atendendo uma base de 12 mil clientes. Em 2018, último ano no qual divulgou resultados, a empresa faturou R$ 170 milhões, uma alta de 30% e anunciou a meta de chegar a R$ 220 milhões em 2019.
Fundada em 1989, a Sankhya (caso você esteja curioso pelo nome, é uma palavra em sânscrito que descreve um sistema filosófico desenvolvido concomitantemente com a yoga) disputa o mercado de ERP para pequenas e médias empresas, que ainda é bastante fragmentado.
Uma consolidação vem acontecendo lentamente nas últimas décadas. Em 2018, a Senior, a segunda maior empresa brasileira de ERP, comprou a paulista Mega, com forte penetração em sistemas de gestão para construção, entre outros segmentos.
Por Mauricio Renner